Reunião discutiu as demandas do mercado no interior
CARATINGA – Na noite de quinta-feira (29), o Sindicato do Comércio de Caratinga promoveu um encontro com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais. O evento foi realizado na Credileste e contou com a participação de empresários da cidade.
A abertura foi realizada pelo presidente do Sindicato do Comércio de Caratinga, Hidelberto Gonçalves e o empresário Geraldo Campos. Hidelberto destacou a importância de receber o presidente da Fecomércio, Lázaro Luiz Gonzaga, em um momento de troca de experiências e impressões sobre o mercado no interior.
Lázaro está em seu segundo mandato na Fecomércio. Ele destaca que uma das prioridades da Federação é interiorizar as suas atividades, o que foi o ponto principal do encontro de ontem a fim de aprimorar a atividade comercial na cidade. “E aqui temos o sindicato do comércio local e queremos estreitar o nosso relacionamento e disponibilizar mais os nossos serviços aqui para Caratinga, uma cidade polo, com uma população importante. Noto que as nossas atividades aqui não estão no ponto que devem estar, podem melhorar”.
Foi realizado um debate e apresentação do sistema oferecido pela instituição, tais como assessoria jurídica sindical, assessoria e pesquisa econômica, assessoria em comércio exterior e relações internacionais, certificação de origem, certificação digital, desenvolvimento empresarial, promoção do turismo de negócios e economia criativa, criação de sites e soluções de web, descontos em plano de saúde, linhas de financiamento e espaços para eventos.
Desde 1936, o Sistema Fecomércio se desenvolve, acompanhando o crescimento de Minas Gerais, buscando meios para fortalecer o comércio de bens, serviços e turismo local. De acordo com Lázaro, esse crescimento é visível principalmente no interior. “O Brasil acontece no interior. É importante porque a época da industrialização não foi feito esse planejamento, então as cidades grandes foram enchendo muito e houve esvaziamento do interior. Felizmente esse ciclo reverteu, as condições nas grandes cidades estão bem difíceis, a tecnologia e desenvolvimento chegaram ao interior. A gente vê cidades como São Paulo que estão diminuindo de tamanho, as populações retornando para as suas origens, porque muitos até tem condições de voltar e continuar trabalhando, prestando serviço nas cidades menores”.
Para isso, a Fecomércio faz questão de enfatizar que juntamente com o Sindicato, representam, legalmente as atividades destas atividades econômicas em relação ao capital/trabalho e defendendo as entidades perante o governo. “Temos autonomia para fechar acordos nos níveis estadual, federal, no caso da Confederação. São as entidades oficias de relacionamento entre governo e a área empresarial de cada segmento. Tem da indústria, agricultura e a nossa é a do comércio e serviços”.
O setor comercial ainda tem representatividade na geração de empregos. Caratinga é um exemplo disso e a atividade é responsável pela maioria dos trabalhadores. “O comércio e os serviços são hoje as áreas mais empregadoras. A indústria não é mais empregadora, a importância da geração de emprego para a sociedade está na maioria no comércio e serviços”, afirma Lázaro.
E o Fecomércio ainda faz questão de reconhecer a força dos pequenos comerciantes, atividade que também tem grande importância na cidade. “São responsáveis por em torno de 45% do emprego. Vemos, por exemplo, o esforço do Sebrae para em função das microempresas como patrimônio enorme que nós temos. Grande geradora de empregos, capacitadora inclusive de mão de obra, assim como outras entidades nossas também fazem”.