Ildecir A.Lessa
Advogado
Os advogados ganharam um dia em comemoração ao seu trabalho, o dia 11 de agosto, devido à criação do primeiro Curso de Direito do Brasil, por D. Pedro I, tendo sido implantada a Faculdade de Direito de São Paulo, inaugurada em primeiro de março de 1828. De conhecimento popular que, o advogado é um profissional que “presta assistência jurídica, defendendo os interesses de seus clientes diante da justiça. É a ação de pleitear em juízo”. Por um ângulo mais agudo, advogado, se de verdade o for, é aquele que não tem outro terreno onde lavrar, outra fonte onde beber, outra sombra onde repousar, senão os livros, sempre os livros. É o seu tântalo insaciável, torturante e eterno. Poderá “afirmar-se que ler é estudar; estudar é aprender; aprender é saber”, diz Gonçalves Viana (A Arte da Leitura).
Isso porque, o advogado que queira exercer efetivamente, a sua profissão, tem de se entregar com permanência a um conjunto de estudos, por assim dizer, complementares dos estudos profissionais propriamente ditos. Logo, a ciência do advogado não se restringe, somente ao conhecimento do direito formulário, mas estende-se a uma gama de conhecimentos afins. Qualquer que seja o serviço da advocacia, exige imperiosamente a ciência aprofundada, não só do direito euremático, como do direito público ou privado, constitucional, civil, comercial, criminal, etc, além das noções indispensáveis das ciências auxiliares do direito.
O advogado precisa de todo esse aparato de conhecimento, para desempenhar bem a profissão. Por isso mesmo, não é difícil definir o que um advogado mais faz na vida em um único verbo. E esse verbo é “persuadir”. O advogado tem de persuadir jurados, juízes, promotores, advogados adversários, funcionários do tribunal, clientes, possíveis clientes, colegas, chefe, secretárias e, como todo mundo, uma infinidade de pessoas com as quais se relaciona diariamente. Para isso, o advogado usa argumentos ou “alegações”. Na vida leiga, um argumento pode ser suficiente. Na vida profissional, quando tem de lidar com alguns públicos específicos, como nas alegações a jurados, juízes e desembargadores nos tribunais ou em esforços para conquistar clientes (em palestras, workshops, reuniões ou tem textos de folhetos, websites, newsletters, etc.) sempre há a dúvida: quantos argumentos devem ser apresentados.
É assim que deve viver e comportar o advogado, honrando a profissão. O que o advogado deixa escrito, revela como um espelho, daqueles que fazem da profissão de advogado, um ministério de nobres deveres para com os que lhes confiam as causas. Confiança a que corresponde em tudo, com o necessário empenho para manter inquebrantável, na demonstração do empenho no ofício, o quanto possível e cabível, com equilíbrio e proporção, de cultura, zelo na defesa dos direitos pleiteados. Assim é forjado um advogado, que exerce essa tão nobre profissão, que hoje celebra seu dia. Bom dia Advogado!