Por meio de trabalhos interdisciplinares, foram desenvolvidas formas de estimular os alunos das escolas públicas a pensar fora da caixa e a aprender de uma forma lúdica e nada convencional
CARATINGA – O modelo de escola tradicional, aquele em que o professor é transmissor do conhecimento, apenas com aulas expositivas, não existe mais. A interação é fundamental, que seja capaz de formar alunos criativos, e que tenha professores que desafiem os alunos a pensar. Com este objetivo, o Centro Universitário de Caratinga promove a realização dos Trabalhos Interdisciplinares Supervisionados, e nos cursos de História e Geografia, a finalidade principal da atividade foi aprimorar a formação dos alunos do curso como docentes.
“Esse trabalho na verdade é a união da prática e da teoria. O aluno tem a oportunidade de oferecer para o aluno com o qual ele vai trabalhar na escola pública um jogo, uma forma lúdica de trabalhar um conteúdo de História e de Geografia, usando materiais alternativos, materiais manipuláveis, materiais que podem ser reaproveitáveis, ou seja, coisas debaixo custo, coisas que ele pode confeccionar com o próprio aluno na escola e que vão ajudá-lo a trabalhar os conteúdos de maneira mais clara”, comentou coordenadora dos projetos, Inês Azevedo.
Um dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos do curso de História adaptou um famoso jogo de tabuleiro para o tema das Grandes Navegações, aliando estratégias de guerra com aprendizado de conteúdo. Mateus Cantele, aluno do curso de História, explica: “como ele é um jogo que foi simplificado do War, então qualquer pessoa pode jogar. Ele é feito com questões de múltipla escolha, então a pessoa vai aprender de acordo com os erros que ela tiver, e que vão determinar seus avanços durante o jogo”.
Com o tema “Região e Regionalização”, um dos grupos do curso de Geografia construiu o jogo “Volta à América do Sul”. Pelas regras, o aluno inicia em seu país nativo, roda uma roleta e responde perguntas até alcançar a linha de chegada. “Os alunos irão aprender a localização de cada país da América do Sul e os países que fazem fronteira, além de outros assuntos relacionados como cultura, economia, meios de produção”, comentou a aluna Luciana Ribeiro.
Ao todo foram 18 trabalhos, formas diferentes desenvolvidas para contribuir com o aprendizado de um conteúdo de Geografia ou de História, para tornar o conteúdo mais fácil de ser assimilado e para ter uma participação maior dos alunos. De acordo com Inês Azevedo, é necessário desafiar o aluno a pensar, dando asas a sua imaginação e ao seu pensamento. “A nossa obrigação é fazer o aluno aprender a pensar. É preciso ajudar o sujeito a pensar, para que ele comece a ter dúvidas e comece a pensar sobre aquilo que ele quer falar, sobre aquilo que ele quer construir e elaborar.”