Tentativa de homicídio ocorreu em uma lanchonete, localizada no interior da rodoviária de Caratinga
CARATINGA- Félix Henrique Lélis Cordeiro, 19 anos, que foi vítima de tentativa de homicídio ocorrida na madrugada de domingo (23) no terminal rodoviário Carlos Alberto de Mattos, numa confusão motivada pelo suposto sumiço de um celular, segue internado no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Ele foi baleado enquanto atendia a clientes em uma lanchonete que funciona no interior da rodoviária.
De acordo com informações de familiares, Félix passará por uma cirurgia e está precisando de doação de sangue. Para sua maior comodidade é possível agendar a doação pelo telefone 155, posição 8. Informações sobre doação de sangue também podem ser obtidas por este mesmo número. Qualquer tipo sanguíneo é aceito.
Na manhã de ontem, o DIÁRIO DE CARATINGA esteve na casa do tio de Félix, Edson da Costa, que deu mais detalhes sobre o estado de saúde dele. Edson afirma que apesar do susto, o jovem está bem e se recuperando. “Quando liguei para a mãe dele, ela falou que ele passa bem. Era para ele ter sido operado, mas por ter chegado outro paciente muito grave, ficou para outro dia. Ainda não consegui falar com ela novamente, mas, mais tarde vou ligar e saber mais notícias. Ele está consciente, conversando, normal. Por ter tido a necessidade de transferência a gente até pensou que seria uma coisa pior, mas graças a Deus está se recuperando e segundo os médicos está tranquilo, sem sequelas, nada grave”.
O tio de Félix ainda registra que o garoto recebeu todo o apoio necessário, o que contribuiu no sucesso de sua transferência para outra unidade hospitalar. “Ele (Félix) ficou assustado demais, assim como nós também. Abalou todo mundo, porque é um menino muito trabalhador. Não falta de serviço, é um funcionário de confiança do patrão. Inclusive os patrões dele mesmo ficaram muito chateados com aquilo, o que eles puderam fazer, eles fizeram e estão fazendo ainda. Primeiro lugar; temos que agradecer muito a Deus e aos patrões dele, que foram atenciosos até a hora de sair, não deixaram nada a desejar. Acompanharam ele passo a passo e estão acompanhando. Não abandonou um minuto se quer”.
Segundo Edson, o sobrinho leva uma rotina bastante tranquila e nunca teria se envolvido em confusão ou algo que motivasse uma atitude violenta contra ele. “O Félix começou a trabalhar fazendo uns bicos pra eles tinha 15 anos. Nunca saiu de lá. Foi a primeira vez que acontece isso com ele. É um menino que nem conversar com a gente não conversa. Não fuma, não bebe, não joga, não tem vício nenhum. O único vício dele é trabalhar. Depois que ele sai do serviço, ninguém vê ele durante o dia. Ele só sai do serviço para dormir. Dia de folga, vai para a roça. Não anda na rua, o negócio dele é de serviço e para a casa”.
Com o susto e o risco que sofreu no trabalho noturno, aliado à falta de segurança na rodoviária de Caratinga, o tio acredita que o sobrinho pode temer o retorno ao trabalho. “Ele é muito sistemático. Acontecer um negócio desses que aconteceu com ele, até então nem os pais dele vão deixar ele trabalhar lá mais. Com certeza. Vai ficar com trauma daquilo, principalmente ele. É um menino novo. Não tinha problema com ninguém, portanto, a vizinhança aqui ficou toda chocada com isso”.