Há uma simplicidade na ciência que chamamos de Teologia. Ela constrói seu edifício a partir de indagações que parecem diminutas, como: PARA ONDE VOU?
Pergunta importante, simples, mas que, sem devaneios, prova se ainda estou vivo, isto é, no exercício de importantes sinais vitais:
– Se ainda tenho a força para reagir diante da contrariedade e oposição.
– Se consegui perdoar e dar a volta por cima.
– Se comecei de novo… ou se continuo na fossa da amargura, na escassez de perdão.
– Se me importo com o bem-estar do meu próximo – e do próximo mais próximo, que são os pequenos, meus filhos, aqueles que dependem de mim: emocionalmente – psicologicamente – fisicamente – financeiramente…
– Qual é o meu plano para o amanhã? Tenho?
A Teologia se ocupa com esta pergunta. Todas as religiões tentam respondê-la. Há pelo menos mais duas igualmente simples e complexas: De onde venho? Por que estou aqui?
Quando tentamos responder a PARA ONDE VOU, nossa mente produz imagens diversas, e dispomos também de rica literatura religiosa oferecendo o como chegar a uma resposta que é aceitável para nós.
Ao invés de considerar uma dessas possíveis respostas, desejo explorar esta nossa pergunta de outro ângulo: Será que – como é de praxe em cada ocupação humana – eu não deveria pensar numa espécie de prestação de contas? Afinal, no final da temporada, o técnico de futebol consciente presta um relatório do seu trabalho, e assim é em quase todos os outros ramos de atividades.
Aludi ao assunto no artigo da semana passada quando escrevi que “Não contar com ou não imaginar as consequências de nossos atos errados é uma das não-espertezas mais chocantes e desastrosas” que podemos ter. Afinal, fomos dotados com a capacidade de imaginar – por que não imaginamos qual será o fim de loucuras que praticamos????
Já pensou: eu sei que isso vai trazer mal para mim, mas eu faço assim mesmo!? Estou certo? Estou agindo racionalmente?
Será que existe algo dentro de nós que nos convence assim: – Ah, não, no final eu dou um jeitinho, eu consigo sempre que a ‘sorte’ caia para o meu lado.
Quantas histórias verdadeiras que você e eu conhecemos – e, ao invés de coisa boa, o fim foi desastroso, muito sofrimento que poderia ter sido evitado. E não foi apenas história, foram vidas, sentimentos, dores, esperanças partidas, e até crimes, passionais ou não.
Eu sei – estou esquecendo do lado humano. Estou deixando de lado aquela necessidade, aquela vontade que vem como se fosse indomável, aquele desejo irresistível, e que me leva a pensar que sou incapaz de agir diferentemente… Eu tenho que comer mais um pedaço do bolo… e mais um… e mais… e mais… e…
Aí é que de novo entra a Teologia da qual estamos falando neste espaço. Ela quer apenas lembrar a você que a capacidade para dizer ‘sim’ ou ‘não’ é sua, é de cada um de nós: foi o legado, a herança que recebemos.
Além disso, há muita gente ao redor que quer e que pode ajudar a tomar a DECISÃO acertada – talvez de fazer a cirurgia, ou de mudar para outro lugar, pois aqui onde estou não consigo dizer ‘não’ a meus ‘amigos’ (que estão me levando para a cova). Enfim, o que estou querendo passar é que VOCÊ PODE dizer não, basta, acabou, vou tomar a decisão certa, vou escolher a saída honrosa, chega de ‘bancar o esperto’ e me dar mal…
Tome o Presidente Obama como exemplo: Todos os negros americanos ainda pensavam que eram inferiores. Ele veio como candidato, encontrou a barreira (Você é negro!), mas fechou seus ouvidos, e gritou: Yes, we can. Sim, podemos, sim eu posso também, e seu mandato máximo de oito anos está chegando ao fim.
Mas, não há dúvidas que vou prestar contas de meu mandato, de meus atos! Não vou poder ‘conversar’ o juiz, pois a realidade é nua e crua, e assim ela será para mim também.
Geralmente não gostamos de pensar assim – isso nos incomoda. “- Me deixa viver minha vida!” Mas – que vida é essa, dominado, controlado por elementos de autodestruição?
E se for para eu sair de uma enrascada, será que não seria bom fazer finalmente o que é certo? A decisão é minha!? A decisão é só SUA!
Eu desafio você a andar esta pequena jornada comigo hoje – “vamos lavar nossa alma”.
Mencionei também que nossa capacidade de imaginar abre a porta para o bem e para o mal. Mas, por outro lado, se não pudéssemos escolher, seriamos apenas robôs, algo infinitamente distante de um ser humano.
Para onde você está indo? O caminho está claro, você sente segurança – já começou a colher os frutos de suas decisões?
Ou você ainda está contando com a sua esperteza, e a lerdeza ou ingenuidade do seu próximo?
A Teologia no dia a dia levanta perguntas que estão dentro de nós, e ajuda a acharmos uma resposta de liberdade e para a vida.
Imaginação e escolha – dois grandes legados do seu Criador! Use-os para o bem, o seu bem, e o bem de todos ao seu redor.
A FACTUAL – Faculdade de Teologia de Caratinga Uriel de Almeida Leitão é mantida pela Rede de Ensino DOCTUM. Visite nosso site WWW.doctum.edu.br ou ligue para (33)9-9915-9002 ou (33)3322-6226.