DA REDAÇÃO – Na última sexta-feira (28), a Polícia Militar apreendeu um Fiat Strada em São Domingos das Dores. O veículo estava com o chassi adulterado e a placa pertencia a um automóvel que tinha sido roubado em Contagem em abril de 2013. O Fiat Strada foi apreendido e a polícia irá ouvir o dono do veículo.
Como este tipo de ocorrência tem se tornado comum, a Polícia Militar passou orientações para que o comprador evite esse tipo de problema. Conforme orientou a PM, quem está interessado em comprar um carro usado e tem dúvidas sobre a procedência do veículo, pode verificar se esse veículo sofreu algum tipo de adulteração. A Polícia Militar alerta para que os cidadãos fiquem atentos aos detalhes de como identificar carros que tenham sofrido qualquer tipo de modificação e, até mesmo, se foi roubado.
A identificação começa pela documentação. “Inicialmente a pessoa deve verificar nos órgãos competentes, Detran ou despachantes autorizados. Com o código Renavam, que consta no CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo), é possível verificar todos os itens referentes a bloqueio por roubo, furto e referentes a multas municipais, estaduais ou federais”.
O motorista deve também ir até a placa traseira e checar alguns detalhes. “Após a conferência das letras e números, deve observar a parte da furação das placas, onde está o lacre, se não há rompimento”.
A partir daí, deve-se proceder à identificação do chassi do automóvel, através dos números finais, que estão localizados em pontos diferentes do veículo. Eles estão localizados nos vidros laterais e um dos para-brisas. Nesses casos, estão colocados os sete últimos números do chassi. “Pela documentação, a pessoa vai verificar o número do chassi. São 17 algarismos, mas nos vidros são impressos os sete últimos números. Todos os vidros laterais têm que ter essa numeração”.
ADULTERAÇÕES MAIS COMUNS
Há algumas adulterações que são bem comuns e a maior parte envolve o número de chassi. Por serem impressos em caracteres de forma quadrada, é possível adulterar os números. Outra forma de adulteração é lixar os vidros e fazer uma inscrição por cima do local lixado.
Nos dois casos, no entanto, é possível ao cidadão identificar. “Se o indivíduo adulterou os números, basta colocar uma folha branca na parte de dentro do vidro, de forma que os números impressos apareçam na folha. Se houve adulteração, a pessoa vai perceber que o que aparece na folha de papel é o número original. A parte que foi adulterada não aparece. Se o vidro foi lixado, também é possível saber, já que a textura no local será diferente do restante. Isso quer dizer que a parte lixada fica mais fosca do que o vidro original”, especifica a PM.
A próxima etapa é verificar o motor. Deve-se verificar se o número de chassi do documento confere com o que está no motor. Outra informação importante é ver se não há marcas de solda no motor, isso pode ser sinal de adulteração. No motor também há uma etiqueta de identificação, assim como na coluna da porta ao lado do passageiro. “Essas etiquetas possuem o número final do chassi e são autodestrutíveis, ou seja, não é possível retirar as etiquetas sem que elas rasguem”, ressalta a PM.
Em alguns veículos os números do chassi são localizados na região do banco dianteiro direito. Em alguns mais antigos, como o Fusca, sob o banco traseiro. A Kombi é sob o banco do motorista. Já os veículos mais novos, o chassi está no lado do passageiro ou no compartimento do motor.
Outro detalhe é o número do motor, que apesar de não constar no documento do veículo, pode ser identificado através de consulta no Detran. Com o número do Renavam é possível saber o número do motor do carro. “Pode ocorrer de a pessoa comprar um veículo com os detalhes regulares, mas o motor ser produto de roubo ou furto e mesmo que haja necessidade de troca de motor. O novo número deve ser repassado aos órgãos para legalização do veículo”, finaliza a PM.