Recebi esta semana no programa Abrindo o Jogo o diretor do Juca Antônio, “Zé do Alumínio”, e o presidente da Liga Caratinguense de Desportos Paulo Afonso. Durante quase uma hora de conversa, fizemos uma avaliação do certame da LCD. Opinião unânime que houve uma queda do nível técnico. Na minha humilde opinião, dois fatores influenciaram diretamente pra isso. O fato da competição não ter mais atletas de fora. Aliás, atitude que concordo. Campeonato simultâneo a Copa Distrital, e qualidade dos gramados que andam muito secos pela falta de chuva. Porém, acho também que houve uma melhora nas últimas rodadas.
Zé do Alumínio, diretor do Juca Antônio, ressaltou a maneira como as decisões vêm sendo tomadas no clube. Segundo ele, cada jogador esta contente com oque foi prometido e vem sendo cumprido. Além disso, destacou o apoio que o time tem recebido da prefeitura de Santa Rita de Minas. O diretor acredita na força de sua equipe. Mas, aponta o Santa Cruz como grande favorito.
Já o presidente Paulo Afonso disse estar tranquilo sobre o trabalho que vem desenvolvendo. Apesar de algumas críticas e em face de todas as dificuldades que tem enfrentado, não falou em renunciar. Porém, não decidiu ainda se será candidato á reeleição. Neste domingo, teremos jogos apenas pelo grupo B. Em Santa Rita, o Juca Antônio recebe o Manchester de Ubaporanga. Em Córrego Novo, os donos da casa enfrentam o Esplanada. Todos os jogos marcados para ás 09h30 deste domingo.
Domingo de clássico
Depois de ver a vantagem sobre o São Paulo voltar a ser de 07 pontos, o Cruzeiro agora se prepara para o clássico contra o Atlético. A vitória contra os paranaenses na quarta-feira serviu para recuperar o fôlego e afastar qualquer desconfiança que poderia pairar sobre a Toca da Raposa. Para o jogo deste domingo, o discurso do técnico Marcelo Oliveira foi inteligente. Embora reconheça a diferença que é jogar um clássico, fez questão de ressaltar que vale os mesmos três pontos de qualquer outro jogo. Por outro lado, sabe que vencer o rival é um combustível a mais para chegar ao título. Sempre antes de um jogo com essa grandeza sempre se fala que não tem favorito. É a maneira mais fácil de ficar em cima do muro né. Entretanto, não tem como negar o melhor elenco do Cruzeiro, e consequentemente o melhor momento.
Do lado atleticano, a vitória fora de casa contra o Goiás certamente dará mais confiança para o clássico deste domingo. O fato de ter vencido apesar de poupar alguns dos principais jogadores também. Entretanto, se contra os goianos o Galo entrou como favorito, conta o rival a história é diferente. Mesmo com toda a rivalidade, mística que cerca o jogo, não tem como negar que o momento cruzeirense é melhor. Talvez isso sirva de motivação extra para os jogadores alvinegros. Não sei quem vencerá. Mas tenho certeza que será um jogão.
Calado é um poeta
Parafraseando o ex-jogador Romário, sobre Luiz Felipe Scolari, devo dizer que ele “calado é um poeta”. Dizer que o que aconteceu com o goleiro Aranha na partida do Grêmio contra o Santos foi uma “esparrela” do jogador. É no mínimo imbecilidade. É lutar contra os fatos, fotos e imagens de parte da torcida hostilizando, e xingando o goleiro. Tenho percebido que na maioria das vezes, quem nega e existência de racismo jamais sofreu na pele. Não sabe como é doído alguém se sentir superior a você pela diferença de cor. Num momento onde o mundo precisa cada vez mais de compreensão, entre as pessoas que frequentemente tem que se cruzar pelos caminhos da vida, a opinião dele não contribui em nada. Nesta quinta-feira, a atitude da torcida gremista motivada por declarações infelizes, ao vaiar e xingar o goleiro santista. Deu a entender que Aranha é o vilão. A culpa de ter sido chamado de “macaco” é dele. Fiquei com a impressão que todos que colocaram as mãos na boca para não serem flagrados xingando, concordam com as ofensas racistas contra ele no jogo da Copa do Brasil.
Rogério Silva
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